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domingo, 15 de novembro de 2009

Paixão e Livre-arbítrio

Lendo sobre o que Spinoza fala sobre as paixões, lembrei do caso da menina Eloá. O que o filósofo diz? Que conhecer as verdadeiras causas dos mecanismos afetivos, a que estamos submetidos, permite elaborar uma técnica para dominar as paixões e diminuir os efeitos naturalmente obsessivos.

Acho que ele nunca deve ter se apaixonado por nada nem por ninguém, porque sabemos que na prática não é tão fácil encontrarmos as causas de uma paixão. E porque eu lembrei da Eloá? Porque ela morreu assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves, que antes de matá-la ainda fez a amiga Nayara Silva e ela de reféns durante mais de 100 horas. Motivo? Estava inconformado com o fim do namoro, que na época, já durava um mês.



Se Lindemberg conseguisse entender de onde vinha essa vontade toda de ficar com Eloá e não com outra garota será que ele conseguiria dominar essa vontade? De fato o que vimos foi uma ação obsessiva de um homem rejeitado. Em Ética Spinoza define:

Por afeto, entendo as afecções do corpo pelas quais a potência de agir desse corpo é aumentada ou diminuída, favorecida ou reduzida, assim como as idéias dessas afecções. Quando podemos ser a causa adequada de alguma dessas afecções, entendo então por paixão uma ação, nos demais casos, o sofrer a ação dessa paixão"(prop.XI,pág.197)


Nessa definição, fica claro que um afeto é uma afecção que faz variar positiva ou negativamente a potência de agir. Assim, uma afecção neutra, que deixa a potência de agir invariável, não é um afeto.

Ainda no caso Eloá, podemos encontrar outro ponto de discussão considerando as idéias de Spinoza. A amiga Nayara Silva foi libertada pelo seqüestrador durante as negociações. Menos de dois dias depois ela voltou ao apartamento com o objetivo de negociar o fim do seqüestro. Segundo os policiais a orientação era para que Nayara tentasse falar com o seqüestrador na porta do apartamento, mas Nayara acabou entrando, e os policiais alegaram que foi uma escolha da adolescente.


Spinoza coloca que o livre-arbítrio não passa de uma ilusão espontânea do conhecimento imaginativo característico de nossa consciência imediata. Os homens acham que são livres porque "são conscientes de suas volições e apetites e ignoram as causas que os dispõem a querer e apetecer"(Ética I, apêndice). Nayara ignorou completamente o que poderia acontecer com ela ao voltar para o apartamento, e considerou a causa primeira e única os seus desejos (o de ajudar a amiga). A imaginação faz com que o homem perceba os efeitos das suas ações e acredite estar no comando, ignorando as verdadeiras causas e engendrando a ilusão do livre-arbítrio.

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